"Lá fora, a chuva", o 1º M2. Ambas as alunas foram
orientadas pelas professoras Márcia Batista e Débora Viana . Os textos já
foram encaminhados para a Comissão Julgadora Municipal. Eis abaixo os
textos escolhidos:
Minha terra, meu orgulho
O rei morou em minha cidade, a
“capital secreta do mundo”, revelou um talento. Em meio às ruas estreitas, a
simples casinha que hoje é orgulho, está lá intacta. A pequena cidade encanta
com as palavras dos Bragas e fica deslumbrante ao entardecer com a visão do
Itabira e do emoldurado casal “O frade e a Freira”. Esse é meu lugar.
As pessoas espremem-se, aos
sábados, nas ruas da nomeada Vinte e Cinco de Março, no calor impressionante de
Cachoeiro, sem se dar conta do que seríamos sem o Itapemirim. Ah! O Itapemirim,
que já carregou, em suas águas, navios e embarcações deslumbrantes, também dá
um toque a mais na cidade que tanto
ferve.
A agitada Linha Vermelha, hoje
tão infestada e abarrotada de automóveis, andando pra lá e pra cá, buzinando e
tirando a paciência dos motoristas, já foi caminho de um grandioso trem de
ferro que carregou muitas histórias de trabalhadores que dali tiravam seu
sustento. O que restou, está num pequeno pedaço de linha de ferro, para lembrar
que aqui o trem passou.
Assim, Cachoeiro, com suas
paisagens estonteantes, cresce e as paradas históricas se reduzem, dando lugar
a prédios cada vez mais altos e enormes construções. Mesmo assim, a cidade onde
nasci não esquece sua história e eu tenho orgulho do lugar onde vivo.
Lá fora, a chuva
Hoje, na terra do
rei, a chuva cai. Na madrugada, quase de manhã, acordo ouvindo resmungos do
quarto da minha mãe sobre alguma roupa que estava no varal. Ouço a chuva
caindo, batendo na minha janela, chamando-me para juntar-me a ela.
Chuva. Eu adoro
chuva. A mesma que banha meu pequeno grande Cachoeiro de Itapemirim, levando as
casas e as almas nesse fim de madrugada.
Ao contrário das
gotas frias que caem lá fora, as pessoas são sempre quentes. Seus sorrisos são
como o sol, que logo ao nascer, bate à nossa porta comunicando o raiar de um
novo dia. Logo o trabalho começa, as pessoas correm contra o tempo do nascer ao
pôr-do-sol, e a cada fim de dia, reencontram seus familiares com a mesma
alegria presente em cada olhar, como o nosso Itapemirim ao encontro do mar.
Meus olhos fecham
lentamente agora, com o dia clareando. Ouço os pingos que ecoam vez ou outra, e adormeço junto com
eles.
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