quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Textos selecionados dos alunos do Ensino Médio para a Olimpíada de Língua Portuguesa

Os alunos da Escola "Fraternidade e Luz" participaram das atividades da Olimpíada de Língua Portuguesa e, entre os textos produzidos, foram escolhidos no gênero Artigo de Opinião o texto da aluna Isabela Silva Paula do 3º M2 , com o título "Minha terra, meu orgulho" e, no gênero Crônica, o texto da aluna Kryssi Souza
"Lá fora, a chuva", o 1º M2. Ambas as alunas foram orientadas pelas professoras Márcia Batista e Débora Viana . Os textos já foram encaminhados para a Comissão Julgadora Municipal. Eis abaixo os textos escolhidos:



Minha terra, meu orgulho


O rei morou em minha cidade, a “capital secreta do mundo”, revelou um talento. Em meio às ruas estreitas, a simples casinha que hoje é orgulho, está lá intacta. A pequena cidade encanta com as palavras dos Bragas e fica deslumbrante ao entardecer com a visão do Itabira e do emoldurado casal “O frade e a Freira”. Esse é meu lugar.
As pessoas espremem-se, aos sábados, nas ruas da nomeada Vinte e Cinco de Março, no calor impressionante de Cachoeiro, sem se dar conta do que seríamos sem o Itapemirim. Ah! O Itapemirim, que já carregou, em suas águas, navios e embarcações deslumbrantes, também dá um toque a  mais na cidade que tanto ferve.
A agitada Linha Vermelha, hoje tão infestada e abarrotada de automóveis, andando pra lá e pra cá, buzinando e tirando a paciência dos motoristas, já foi caminho de um grandioso trem de ferro que carregou muitas histórias de trabalhadores que dali tiravam seu sustento. O que restou, está num pequeno pedaço de linha de ferro, para lembrar que aqui o trem passou.
Assim, Cachoeiro, com suas paisagens estonteantes, cresce e as paradas históricas se reduzem, dando lugar a prédios cada vez mais altos e enormes construções. Mesmo assim, a cidade onde nasci não esquece sua história e eu tenho orgulho do lugar onde vivo. 



 Lá fora, a chuva


                Hoje, na terra do rei, a chuva cai. Na madrugada, quase de manhã, acordo ouvindo resmungos do quarto da minha mãe sobre alguma roupa que estava no varal. Ouço a chuva caindo, batendo na minha janela, chamando-me para juntar-me a ela.
                Chuva. Eu adoro chuva. A mesma que banha meu pequeno grande Cachoeiro de Itapemirim, levando as casas e as almas nesse fim de madrugada.
                Ao contrário das gotas frias que caem lá fora, as pessoas são sempre quentes. Seus sorrisos são como o sol, que logo ao nascer, bate à nossa porta comunicando o raiar de um novo dia. Logo o trabalho começa, as pessoas correm contra o tempo do nascer ao pôr-do-sol, e a cada fim de dia, reencontram seus familiares com a mesma alegria presente em cada olhar, como o nosso Itapemirim ao encontro do mar.
                Meus olhos fecham lentamente agora, com o dia clareando. Ouço os pingos que  ecoam vez ou outra, e adormeço junto com eles.


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